Encosto ao ouvido um fruto. O proibido. Ouço imediatamente uma toada de lamentos que me parecem estranhos... Depois concentro-me na verdade tão simples: nunca poderei despir-me porque sempre estive nua. Nunca esconderei o meu desejo, porque é fome, e quem daria uma pedra ao filho com fome?
© Fata Morgana
8 comentários:
Cara amiga, o tempo da demora preguiçosa não é nada quando comparado ao dar uma pedra a um filho com fome... ainda que eu seja um preguiçoso diligente e tu uma teimosa de pedra...
E tu, ao contrário de mim, que tento escrever nos trópicos dos sentidos, escreves como uma Rainha das Neves...
Bfs, beijinhos.
Ploft!
arf... arf... arf...
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Desculpa, desmaiei com o pasmo de te rever por aqui! :)))
Uf, agora já recuperei, já estou outra vez mázona, de pedra e, claro, rainha das neves!
Mas olha que este texto, por acaso, não é de rainha das neves...
Um beijo e bom regresso (espero!)
(ah, se eu fosse a ti ia também ao meu outro castelo, já agora! :P)
Comer o fruto proibido significou a possibilidade de atingir o conhecimento através do livre-arbítrio, mas também levou ao sofrimento (a expulsão do local divino, a necessidade do trabalho e as dores no parto), mas foi irresistível!
Beijos, Fata!
Querida Fata
Os frutos que matam a fome são cada vez mais proibitivos de adquirir... :) Tudo encarece, até nós... que já nos tratamos por caros... :)
Tudo o que é caro é querido... (?)
Pensando em ti, cara... cara que está ali na foto, mostrando quão guapa ti cara es! :)
Um beijo
Daniel
Biazinha,
as subversões estão-me no sangue... Nada posso fazer para o impedir, também não quero, podia tornar-me uma pessoa difícil de conviver comigo mesma.
Aqui a Eva não comeu, nem deu, o fruto... ainda.
Pondo-me no seu lugar, faria o mesmo. Comia-o, dava-o.
O paraíso será para depois, quando o merecer, se o merecer.
Entretanto, fico alegremente com o trabalho e as dores de parto, a morte, e também o prazer e outras coisas mais, muito humanas.
Beijos para ti.
Daniel,
bolas, acho que não te respondo! :))
Se bem que... pensando melhor, digo-te: as coisas de que mais gosto não custam dinheiro. São difíceis de obter mas por serem (de) Graça.
Um beijo.
Olá Fata:)
Gostei da tua nova "casa" e também de te rever na minha.
Um beijinho grande e até um dia destes...
Olá Luisa!
Pois é, agora tenho duas casas e trabalho a dobrar, mas também o gosto é duas vezes maior. É para compensar o tempo que estive caladinha :)
Um beijo grande.
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