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6 de julho de 2009


Arachne, de Susan Seddon Boulet


Era um amor esmagado
nos braços que o faziam,
sufocado nos beijos que mordiam.
Fulminante e louco,
desenhava a fio de punhal
com sangue aos borbotões,
(tão pouco).

Era um amor carnívoro,
que descrevias
como quem conta a um cego
o mapa que ele imaginou.
E o meu olhar aberto tacteava
com medo dos contornos improváveis,
(que sentia).


© Fata Morgana

26 comentários:

Daniel Aladiah disse...

Querida Fata
Um interregno que até frutificou em poema, mantendo um estilo "devorador" de emoções, porque transformadas em sombras de Lua, num "jogo" quente de esferas espelidas por um vulcão, agora aqui, agora lá...
Um beijo
Daniel

Fata Morgana disse...

:)

Um beijo, Daniel*

Ana Beatriz Frusca disse...

"Tudo é ilusão neste mundo; o amor uma das maiores e mais epidêmicas."
Lord of Erewhon


Essa é verdade do milênio. Meu rimão sabe das coisas.O amor tem uma conceituação vasta e abstrata. Há filósofos, poetas e até nós, simples seres humanos a tentar torná-lo concreto em palavras, mas ele é arisco, multifacetado, subjetivo. E o amor é confundido com paixão, que é outro conceito abstrato, é mais fácil dirigir o amor pra humanidade do que para apenas uma pessoa só.Mãoé tema recorrente em meus escritos.O amor sempre escapa-me entre os dedos. Escorregadio tal qual quiabo...
Belo poema!
Ah, já escrevi de mais!

De Bia pra Bia: não esqueça de digitar essas %#$@ letrinhas, senão o coment vai pro beleléu.

Beijo.***

Ana Beatriz Frusca disse...

Errata: Mas não é tema...

Nilson Barcelli disse...

Dizes tudo no poema do que querias dizer mesmo. Parece-me...
Por isso, não acrescento nada, nem sequer que é nos contornos improváveis que reside muito da sedução que nos leva a amar alguém.

Acrescento, já agora, que prefiro amar que odiar, tal como a esmagadora maioria do comum dos mortais. Nem sei bem o que é o ódio...

Gostei do teu poema, excelente.
Já há tempos que não lia poesia tua.

Um beijo, querida amiga.

Nilson Barcelli disse...

Esquecime...
Gostei da foto que escolheste.
De muito bom gosto, como sempre.

andorinha disse...

Belo poema, amiga:)

Beijo grande.

Fata Morgana disse...

Biazinha!

Eu não acho (e o teu rimão sabe que eu não acho)... :P
Acredito no amor, embora o tema, mas entrego-me ao perigo. E não quero torná-lo concreto nem explicá-lo, basta-me senti-lo... (e ser alvo... hahaha, de preferência! - Mas, ainda que não fosse correspondido, preferia senti-lo do que não saber o que é, em mim).

Paixão é muito mais comum, por vezes coexiste com o amor, mas podem ser independentes, e costuma durar relativamente pouco. Ou ser intermitente. Mas olha que se reacende facilmente (sim, pela mesma pessoa que se ama! :)))

Estes são os temas recorrentes, não só da minha escrita, mas da minha vida ;)

Beijinho para ti!

_________________________

Nilson,

Os contornos improváveis da pessoa que nos seduz, são imensas vezes aqueles que existem dentro de nós, escondidos. Outras vezes não é nada assim. Creio que não há fórmulas, tirando esta certeza: o equilíbrio e a falta dele acontecem sem rede. Sim, ou vais à lua e andas em órbita com a outra pessoa... ou esborrachas-te, mesmo de cara no chão e sózinho! :))
Comigo foi sempre assim. E acho que só se for assim é que vale a pena.

É verdade que não escrevia poesia há uns tempos... Ainda bem que gostaste.

Um beijo para ti.

__________________________

Andorinha,

bons olhos te vejam!
Obrigada por teres vindo e... falado! :)

Um beijo grande.

__________________________

0.05,

Que beleza!!!!!!!!!!
Obrigada... É tanto isso mesmo, as rosas, vivas e murchas, a cruz, esperança e morte.

*

Ana Beatriz Frusca disse...

Hoje eu não estou acredidanto em nada, muito menos nesse amor a dois.
Bjo.

Fata Morgana disse...

Biazinha,

"em nada" não pode ser! Então e aqueles amigos incondicionais, que nunca te esquecem?
Tou aqui :)

plim!*

Nilson Barcelli disse...

Voltei... mas vejo o mesmo amor esmagado...
E eu que "preciso de ti"... não sabes, vai ao meu blogue e já percebes...
Um beijo querida amiga, boa semana.

Fata Morgana disse...

Não sei se vais gostar do meu comentário... mas é verdadeiro!

Beijinho grande*

aquilária disse...

as mãos e os olhos que tecem as teias do amor.
e esses "contornos improváveis", sentidos, pressentidos, são, afinal, o maior desafio.

beijo, morgana. em breve, poderei vir aqui, com menos pressa

Luís Filipe C.T.Coutinho disse...

O amor é uma coisa tão estranha...

ando por outras paragens...

http://entrentantoedepois.blogspot.com/

ps: preciso de falar contigo

beijos

Fata Morgana disse...

Aquilária,

és sempre bem-vinda, com ou sem pressa :)

(... e tens razão, quanto mais "improváveis", melhor!)

Beijo grande.

Fata Morgana disse...

Luis Filipe Coutinho,

E eu lá irei, mais pelas horas em que reina a lua.

Beijo*

lobices disse...

...sabes qual é a minha Runa? ... é a 25ª....!

Fata Morgana disse...

Quim,

essa é a Runa vazia... Se calhar a mais cheia de todas (depende das que a acompanham!

:) não sabia que gostavas de runas.

Beijo grande*

Nilson Barcelli disse...

Voltei para ver novo post.
Como não há, reli o poema e ainda gostei mais.
Querida amiga, tudo de bom para ti.
Beijo.

Fata Morgana disse...

Nilson,

já vais na terceira volta :)))

Obrigada e tudo de bom para ti, também.
Um beijinho

Ana Beatriz Frusca disse...

Tbm voltei...:D

Saudades!

Fata Morgana disse...

Oh e eu ia de saída e não te vi, Biazinha!! :(

Saudades e beijinhos*

Nilson Barcelli disse...

Passei de novo na minha visita semanal...
Bom fim de semana, beijo.

Fata Morgana disse...

Sempre bem-vindo, levas mais um beijinho - guarda-o no bolso :))

Bom fim-de-semana!

a.m disse...

Em tão poucas linhas um turbilhão de emoções. Gostei muito do teu blogue de certo passarei cá mais vezes

Fata Morgana disse...

A.M.,

Obrigada pela visita e comentário.
Volta sempre que queiras.

Já segui as tuas pegadas :)