Como uma espécie de sibila airosa
sábia de cerimónias
não me mexo
Na língua
uma palavra vagarosa
ecoa
como um doce sacramento
Reside no olhar o movimento
de profundeza aquática
e lonjura
Mergulhas nele
como quem se cura
de todos os cansaços,
do tormento
Num gesto calmo sempre sorridente
invento um salmo
e canto para ti
Como uma espécie de sibila airosa
sem cerimónias
digo docemente
- Agora vai. Não fiques por aqui
© Fata Morgana
Publiquei este poema no Claro Obscuro a 4 de Março de 2004 - foi quando o escrevi -, e ontem no Facebook. Hoje trago-o para aqui, a pedido de um Amigo especial que, ainda por cima faz anos. Parabéns, HornedWolf!
Claro que isto é apenas um pequeno desejo teu que posso realizar: aqui está!